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Entrevista ao Campeão Nacional - Apangaia

Lá em casa já começa a ser difícil arranjar lugar para guardar os troféus do Moçambola ou não fossem seis as vitórias do TGV de Maputo (1799404) nesta competição. Apangaia (10316689) é o obreiro-mor desta epopeia e é o nosso convidado de hoje.

Boas leituras!


1. - Em primeiro lugar parabéns por mais uma vitória no Moçambola! Poucos serão os que não te conhecem por estas bandas, mas mesmo assim ia-te pedir para te apresentares, falares um pouco sobre ti e sobre o que inspirou o nome da tua equipa.

Chamo-me Alberto, estou na casa dos quarenta e qualquer coisa, casado e com 3 filhos. Nasci em Moçambique e vivi a minha infância por lá, depois passei a viver entre Lisboa e Maputo durante muitos anos por situação de trabalho e nos últimos 3 anos passei a viver a tempo inteiro em Portugal, apesar de viajar 1 ou 2 vezes por ano a Moçambique em férias.

O nome das minhas equipas não tem nenhuma inspiração especial, TGV de Maputo (1799404) ou Canis Majoris (1799375). Não sou especial fã de comboios ou estrelas/planetas. Procurei escolher algo que fosse apelativo e diferente do normal.


2. - Conquistaste o Moçambola pela quinta vez consecutiva e contas no teu currículo com seis vitórias na competição. O que é que te faz continuar? Onde vais buscar motivação depois de tantas épocas a vencer?

O que me faz continuar são os títulos. Quero sempre mais. E tentar ir o mais longe possível no Hattrick Masters e no Torneio Sócio-HT. E as seleções. O mundo das seleções também me dá ânimo e prazer. Tenho ainda muitos objetivos pelos quais lutar (recorde de campeonatos em Moçambique, recorde de taças, Hattrick Masters, Torneio Sócio-HT, uma qualificação para um mundial com uma das seleções de Moçambique, orientar uma seleção maior num mundial, etc). Deve ser por isso que nunca me passou pela cabeça abandonar o jogo e faço logins todos os dias, ou por causa das minhas equipas, ou por causa das seleções (que dão muito trabalho), ou pelos fóruns.


3. - A tua segunda equipa, “Canis Majoris”, compete também em Moçambique. Sendo esta uma escolha invulgar – normalmente opta-se por um desafio diferente, noutro país – qual a razão por detrás dela?

Não acho invulgar, há muitas pessoas que têm ambas as equipas no mesmo país. A minha escolha foi fácil e óbvia. A minha intenção foi sempre criar mais jogadores para as seleções de Moçambique. Orgulho-me de vários jogadores que estão, estiveram, ou ainda vão estar nas seleções de Moçambique terem saído das minhas academias de jovens. Depois também foi engraçado ganhar o campeonato com o TGV e a taça com a Canis e meter as duas equipas ao mesmo tempo no Hattrick Masters.

Lembrei-me agora de outro objetivo a alcançar: uma final da taça entre as duas equipas. Mas tem que ser nas próximas 2 épocas porque o Sócio-HT está a acabar e não sei se vou renovar.


4. - Consideras que a introdução das segundas equipas foi uma boa medida? Enquanto utilizador de um país pequeno como é que encaraste a súbita vaga de treinadores estrangeiros?

Sim, foi positivo na minha óptica de selecionador pois contribuiu e muito para o aparecimento de mais jogadores para as seleções. Se bem que o número agora tem vindo a diminuir drasticamente devido à subida exagerada do preço do sócio Platina. E essas segundas platinas dão mais valor aos meus títulos, pois as competições ficaram mais exigentes e difíceis.


5. - És o actual seleccionador da Escócia Sub-20 e possuis no teu currículo várias passagens pelas Selecções AA/Sub-20 de Moçambique. Em que é que isso contribuiu para a forma como geres as tuas duas equipas? Quais as grandes diferenças entre a gerir uma selecção e uma equipa?

Posso afirmar que aprendi mais sobre o Hattrick, motor de jogo, treino, contribuições, lineups, etc…num ano de seleções do que em todo o tempo que joguei antes (e tenho aqui que contabilizar também a minha primeira passagem pelo Hattrick com uma equipa portuguesa, numa altura em que ainda não havia Hattrick em Moçambique).

Tive bons professores no início (delopo, Noris, brusque, melga, etc). Uns fizeram parte dos meus staffs, outros eram pessoas com quem falava muito via ht-mail ou skype e aprendi muito mesmo. As diferenças entre equipas e seleções são muitas, seleções é muito mais difícil, sobretudo ao nível dos lineups e preparação de jogos. Essa preparação de lineups e estudo de adversários que pratiquei nas seleções foi de certeza importante para fazer mais e melhor na minha equipa e conseguir os títulos todos que consegui nas últimas épocas.


6. Foi difícil convencer os escoceses de que eras o melhor candidato? Como é que está a ser a experiência?

Concorri na Escócia porque me saturei de fazer tanto por Moçambique e nunca conseguir o apuramento para um Mundial. Sei que somos sempre os menos favoritos em cada qualificação, mas há sempre a esperança de o conseguir. Não ter conseguido com a golden generation nos Sub-20 foi uma machadada forte e decidi fazer uma pausa no que diz respeito a seleções de Moçambique.

Gostava muito de orientar uma seleção do Brasil ou Portugal. Em Portugal nunca concorri, no Brasil concorri uma vez e fiquei em 2.º (34 votos contra os 54 do selecionador eleito). Na Escócia apareci apenas para as eleições (algo que critico quando fazem isso em Moçambique… lol), mas tive um bom tópico de candidatura, mostrei o meu valor e conhecimentos e acabei por ganhar, apesar de o mandato não ter corrido bem (a equipa anterior foi longe no Mundial e esta geração que herdei tinha pouca ou nenhuma experiência e lacunas em várias posições, o grupo também era difícil e não consegui o apuramento).

Entretanto decidi arriscar mais uma vez à para-quedista nestas eleições AA na Dinamarca*. O meu currículo em seleções é bom e pode ser sempre decisivo quando algum país vem de um momento menos bom ou não tem um candidato local forte e com estatuto a concorrer.


7. - Para terminar, nomeia três características/funcionalidades que gostavas que fossem alteradas/removidas/introduzidas no Hattrick.

Ainda hoje reparei que o HTEV desapareceu. O Alltid também já desapareceu. O HT-World era o meu portal favorito de seleções. São funcionalidades que gostava que ainda existissem. Para mim já faziam parte do Hattrick.

Já disse que não sou contra as segundas equipas, no entanto acho um pouco triste que no Moçambola apenas hajam 2 equipas locais, sendo as outras 6 todas de utilizadores de outros países. Em Cabo Verde e Angola acho que também está assim na primeira divisão. Por um lado trouxe mais competitividade, por outro lado acho que desvirtua um pouco a competição local. Mas sinceramente não tenho nenhuma opinião formada sobre o que se podia modificar/alterar nesta situação. Provavelmente nada.

Também não gosto muito do número de taças que passou a existir. Gostava mais quando só havia a Taça de Moçambique.



*Nota do editor: Apangaia ficou em 2.º lugar nas eleições para seleccionador da Dinamarca com 58 votos.



Se gostaste da entrevista fica à vontade para colocar gosto e/ou deixar um comentário. Podes discuti-la no Fórum Moçambique, em (16675588.1).

2017-01-27 14:31:29, 856 views

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