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6-10-2008 Editorial: Substituições condicionadas para as Academias

Desejou alguma vez substituir um dos seus defesas por um avançado extra quando está a perder e faltam poucos minutos para acabar a partida? Ou transformar a sua equipa, habitualmente virada para o ataque, numa muralha defensiva na tentativa de aguentar uma magra vantagem? Com a nossa nova funcionalidade, as substituições planeadas, pode agora fazê-lo!

A partir de hoje será possível efectuar substituições condicionais nas Academias de Juniores. Encaramos isto ainda como a fase final de testes para as substituições. Mais tarde esperamos poder incorporá-las também nas equipas seniores. Leia o manual para mais informações. Se deseja saber como se desenrolou o processo de desenvolvimento desta funcionalidade, bem como o que nos motivou a implementá-la, leia o que se segue.
Desde que jogo Hattrick (e já o faço há cerca de um terço da minha vida) que desejo ter a possibilidade de efectuar alterações tácticas consoante o resultado que se verifica em determinada altura de um encontro. Poder dar instruções à minha equipa para se fechar lá atrás, "à italiana", caso esteja a vencer, ou ordenar-lhe para subir no terreno e atacar de todas as formas e feitios, se precisar desesperadamente de um golo. Consigo lembrar-me de diversas ocasiões em que estive sentado em frente ao monitor, a assistir a jogos da minha equipa, e dizer "Ei, Sr. Árbitro, quero fazer uma substituição táctica!". Para mim, poder planear as substituições faz parte do que significa ser um treinador, e acredito que a maior parte dos utilizadores concordará comigo. Torna a experiência de utilizador mais realista e emocionante. E isto é, talvez, até mais importante que as novas opções tácticas que as substituições permitirão.

Apesar das substituições serem uma funcionalidade desejada há muito tempo e de sabermos que melhorariam bastante a experiência como utilizador do HT, temos que nos lembrar que são também uma funcionalidade que exigiria muito trabalho para implementar. É por esta razão que as substituições foram sendo adiadas e preteridas por outras no passado, já que pura e simplesmente não dispúnhamos nem de tempo nem de recursos suficientes para levar a bom porto um projecto desta envergadura. Em certas alturas, também pensámos que o motor de jogo, no seu estado actual, não seria capaz de suportar as substituições de forma satisfatória. O Hattrick é, afinal de contas, um jogo simplista. No entanto, e porque os milagres acontecem mesmo, por vezes os nossos sonhos tornam-se realidade: aconteceu numa manhã de Inverno, em 2007, quando o Daniel me telefonou:

- Implementei as substituições.
- Fizeste o quê?
- Ontem tive uma ideia de como resolver as substituições e estive a trabalhar nela durante toda a tarde, noite e madrugada desde então. Não dormi nada ainda. Mas está feito.

Chamar a este episódio um dos momentos clássicos da história do Hattrick peca por defeito. Claro que as substituições não estavam logo prontas a ser utilizadas, bem pelo contrário. Mas a estrutura matemática de base para o motor de jogo estava feita: afinal, sempre era possível. Por outro lado, se não tivéssemos reescrito todo o código do motor de jogo para as Academias de Juniores, as substituições continuariam a ser apenas um desejo e não uma realidade. É perfeitamente legítimo dizer-se que as substituições são também uma consequência da implementação das Academias de Juniores.

Se prepararmos o motor de jogo para as substituições acabou por ser mais fácil do que pensávamos inicialmente, já o conceber uma boa interface gráfica para elas acabou por se revelar tarefa muito mais complicada do que julgávamos. Como não quisemos lançar algo que nos pareceu não ser ainda suficientemente bom, acabámos por adiar o lançamento das substituições.

As nossas motivações
Colocando os meus sonhos pessoais de parte, a nossa intenção primordial com as substituições foi permitir que se substituísse um jogador cansado por outro mais fresco. Isto, em si mesmo, levaria a um alargar de tácticas e estratégias possíveis em cada jogo, tais como ter alguma vantagem sobre o adversário se se tivesse um plantel mais alargado. Passado algum tempo, no entanto, sentimos que não nos deveríamos limitar nesse aspecto e quisemos que fossem possíveis ainda mais opções tácticas. Por isso adicionámos a possibilidade de darmos instruções, antes do jogo começar, que dependeriam do resultado do jogo em determinada altura e também do facto de algum jogador ser expulso.

Como acontece com tudo o que fazemos, pensámos bastante em como adicionar as substituições ao HT sem o tornar demasiadamente complexo. O Hattrick é um jogo simplista e queremos que assim se mantenha. Quando incorporamos novas funcionalidades temos como objectivo aumentar o jogo em profundidade mas não em complexidade. As substituições adicionam profundidade ao jogo, sem dúvida. Tornam a experiência HT mais rica e dão interactividade ao jogo. E apesar de ser impossível evitar na totalidade o acréscimo de alguma complexidade no jogo, continuamos a acreditar que as substituições estão feitas totalmente em acordo com o estilo e o espírito do Hattrick.

E quanto às lesões, como fica?
Começámos também a investigar se seria possível as substituições serem feitas como reacção às lesões, mas infelizmente acabámos por concluir que seria uma tarefa extremamente complexa de realizar com o motor de jogo que existe presentemente. A parte mais problemática era o termos de conceber e implementar um novo sistema de substituições automáticas. Pensámos em mais uma ou outra coisa que seria agradável ter nas substituições, mas tivemos de limitar esta funcionalidade nesta fase inicial, caso contrário correríamos o risco de nunca mais a lançarmos. Decidimos então manter o sistema de substituições que existe hoje em dia e mantê-lo completamente automático, pelo menos por agora. Significa isto que consideramos esta a primeira versão das substituições, e não a sua versão final.

O que foi o mais difícil para nós
O motor de jogo do Hattrick está construído em torno do 4-4-2 e se pretender alguma outra formação é necessário recorrer a jogadores reposicionados. Além disso, é impossível dar ordens individuais a jogadores reposicionados, como por exemplo querer que um defesa central extra jogue a ofensivo. A sua ordem individual é jogar a "defesa central extra". Na realidade, este "defesa central extra" é reposicionado a partir de outra posição do campo. Ao permitirmos alterar a ordem individual de um jogador no decorrer de uma partida, terá de ter em atenção que, se tiver dado a ordem ao seu "defesa central extra" para passar a jogar a Ofensivo a partir do minuto 60, ele não ficará a ser um "defesa central extra ofensivo". Na realidade, ele deixará de ser um "defesa central extra" e passará a jogar na sua posição original no campo, de onde tinha sido reposicionado.

Trocar um jogador por outro é simples. A única altura em que precisa de considerar com cuidado as suas ordens é quando pretende alterar o comportamento de um jogador reposicionado. Como consequência, a parte mais difícil para nós foi conceber um interface que lidasse com esta particularidade das substituições de forma que nos satisfizesse. E, com franqueza, a melhor solução que encontrámos não é ainda a solução perfeita. Infelizmente, o motor de jogo coloca-nos aqui algumas limitações, já que é construído em torno do 4-4-2 e toda e qualquer formação é, na verdade e aos olhos do motor de jogo, apenas uma versão de um 4-4-2.

Porquê ainda uma fase final de testes com as equipas das Academias de Juniores?
Quando lançámos as Academias de Juniores, há mais de um ano, aproveitámos para informar que elas seriam utilizadas para testar algumas funcionalidades que poderiam ou não, no futuro, ser implementadas também nas equipas seniores. É por isso uma escolha bastante natural introduzir as substituições nas Academias em primeiro lugar. Temos testado esta funcionalidade há um tempo considerável, mas ainda assim sabemos que poderemos ter alguns bugs que não se revelaram até agora nas fases de testes. Pode haver problemas com alguns tipos de browsers, mas também alguns outros que só se revelam em alturas de carga elevada (quando por exemplo estão muitos utilizadores ligados e se realiza ao mesmo tempo uma grande quantidade de jogos). A acrescentar a isto, também pretendemos saber o que os utilizadores pensam da nova funcionalidade antes de a implementar também nas equipas seniores. É preciso não esquecer que se trata de uma funcionalidade de grande dimensão e com um impacto considerável.

Esperamos que goste desta nova funcionalidade (sei que eu, pelo menos, irei gostar!) e estaremos de bom grado pelas conferências para ouvir as suas opiniões acerca dela. Tal como foi mencionado no início, queira ler o novo capítulo do Manual das regras para perceber como funcionam as novidades. Boa sorte!

Até à próxima chamada telefónica clássica de uma manhã de Inverno...
 
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